エピソード

  • #21 - A democracia como modo de vida.
    2022/06/16
    Democracia aprende-se (e ensina-se) em casa, na escola e na vida. Neste episódio falamos sobre Democracia como um modo de vida, aproveitando a expressão do filósofo e educador John Dewey, que também foi explorada por educadores como Humberto Maturana, Willian Kilpatrick, Augusto de Franco e Paulo Freire.
    A democracia é o modo como interagimos um com o outro. Nascemos e crescemos em sociedades hierárquicas, muitas vezes autoritárias, e carecemos de mais experiências democráticas. Nem sempre vivenciamos democracia na família, no esporte, na escola, no trabalho, na vida social. Nas nossas experiências de vida aprendemos pouco de democracia. Acostumamo-nos com relações verticalizadas e centralizadoras.
    Quando se fala em democracia como modo de vida, destaca-se a construção de um modo democrático de viver que tenha o diálogo como essência nas relações, e como forma de solução dos conflitos e dos problemas. E também de um modo de vida que pratica a escuta e a participação de todos.
    Estamos falando de um modelo horizontal e de relações de parceria; que não cria inimigos, não exige alinhamentos de posições e busca mais cooperar do que competir.
    O desafio futuro das nossas sociedades será o de adotar comportamentos democráticos em todas as nossas relações de vida. O desafio dessa aprendizagem faz parte da nossa reflexão.
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    14 分
  • #20 - Entrevista com Maria Cândida Moraes - Os Sete Saberes Necessários à Educação do Presente e do Futuro
    2022/06/02
    Neste episódio entrevistamos a professora Maria Cândida Moraes para falar conosco sobre a urgência e a importância dos sete saberes para a educação do presente e do futuro. Maria Cândida é uma grande pensadora da educação e da complexidade. Ela é Doutora em Educação pela PUC-SP, é uma das fundadoras do Centro de Estudos e Pesquisas Edgar Morin e tem vários livros conceituados, alguns deles mencionados abaixo. Através de uma linguagem didática e estimulante, a professora faz considerações profundas sobre o tema, propõe uma nova ecologia da aprendizagem humana e nos convida a refletir e a pensar em mudanças.
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    Alguns livros da professora Maria Cândida Moraes:
    •MORAES, M. C. . Paradigma Educacional Ecossistêmico: por uma nova ecologia da aprendizagem humana. 01. ed. Rio de Janeiro: Editora WAK, 2021. v. 01. 385p .
    •MORAES, M. C. . Saberes para uma cidadania planetária. 01. ed. Rio de Janeiro: Editora WAK, 2019. v. 01. 195p .
    •MORAES, M. C. ; BATALLOSO, J. M. . Transdisciplinaridade, criatividade e educação: Fundamentos ontológicos e epistemológicos. 01. ed. Campinas: Papirus, 2015. v. 01.
    •MORAES, M. C. ; BATALLOSO, J. M. ; MENDES, P. C. . Ética, Docência Transdisciplinar e histórias de vida. 01. ed. Brasília: LiberLivro, 2015. v. 01. 214p .
    •MORAES, M. C. ; SUANNO, J. H. (Org.) . O Pensar Complexo na Educação: Sustentabilidade, transdisciplinaridade e criatividade. 01. ed. Rio de Janeiro: WAK, 2014. v. 01. 312p .
    •RIBEIRO, O. ; MORAES, M. C. . Criatividade em uma perspectiva transdisciplinar: rompendo crenças, mitos e concepções. 01. ed. Brasilia: Liber Livro/UNESCO/UCB, 2014. v. 01. 311p .
    •MORAES, M. C. . O Paradigma Educacional Emergente 16ª. 16. ed. Campinas: Papirus, 2011. v. 01. 239p .
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    21 分
  • #19 - Janusz Korczack: uma história de amor e dedicação ao direito das crianças
    2022/05/19
    Neste episódio eu falo do inspirador trabalho do educador Janusz Korczack na histórica luta para a conquista dos direitos das crianças. Korczack nos deixou o legado de uma pedagogia centrada no amor, na compreensão e na solidariedade. Ele nos trouxe lições de democracia prática e as suas obras são inspiradoras para todos os que trabalham com a infância. Os seus trabalhos serviram de base para a primeira declaração dos direitos da criança da ONU.
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    16 分
  • #18-Viver com arte a arte de viver
    2022/05/05
    Este episódio é uma crônica para falar do meu sonho com a arte em abundância nas escolas. A arte não pode ser separada da vida. Foi Nietzsche quem disse que “temos a arte para não morrer da verdade”. Não vivemos sem a arte. Ela equilibra o nosso racional com o emocional; desperta as nossas sensações e emoções; amplia a nossa visão do mundo e a nossa cosmovisão das percepções; fecunda a imaginação, aumenta a compreensão humana e a desperta a criatividade das nossas crianças e jovens.
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  • #17 - Pedagogia de Projetos com Bruno Emílio Moraes
    2022/04/28
    Este episódio é com o professor Bruno Emilio Moraes, que trabalha no projeto Escola da Floresta. Uma reflexão incrível, na qual ele relata as suas experiências com uma didática que envolve pesquisas e projetos, trabalhando com os paradigmas da aprendizagem e da comunicação, com foco nos aprendizes, nas relações e os vínculos. Bruno trabalha com
    oficinas e projetos, tornando o processo de aprendizagem inovador, estimulante, envolvente, natural e transdisciplinar.
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    O podcast foi produzido a partir de uma entrevista do Bruno para a Formação de Educação Humanizada, publicada no Canal do nosso coletivo de Comunidades de Aprendizagem, no Youtube, no dia 23/03/2022 (https://www.youtube.com/watch?v=FxjJcJPcuWc&t=1423s).
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    Para saber mais sobre o trabalho do Bruno veja: https://www.instagram.com/brunoaprendiz/
    e as páginas do projeto https://www.facebook.com/projetoescoladafloresta
    https://www.instagram.com/projetoescoladafloresta/
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    36 分
  • #16 - Educação, Separação dos Saberes e Transdisciplinaridade.
    2022/04/21
    Nos seus longos anos de estudos com povos africanos e com as civilizações americanas, como os povos maias, incas, astecas e da região amazônica, o Professor Ubiratan D’Ambrósio constatou que esses povos trabalhavam os conceitos matemáticos como um empreendimento humano, visando resolver problemas da vida, e isso envolvia tudo: história, espiritualidade, ciências da natureza, a geografia, ou seja, um pensar religado, transdisciplinar.
    Com as suas pesquisas, o professor nos convidou a unir os saberes. Ele criou a metáfora “gaiolas epistemológicas” para dizer que quando cada disciplina é engaiolada, só é possível entender a linguagem da disciplina, como “Biologuês”, o “Matematiquês”, o “Fisiquês”, e sustentava a importância de colocar todas as ideias juntas.
    As chamadas ciências exatas não podem ser separadas dos processos humanos, sociais e culturais, e precisam ser vistas numa perspectiva transdisciplinar e transcultural.
    Quando compartimentamos o pensamento e dividimos os saberes, estamos pensando e discutindo dentro de um espaço restrito, dentro de uma mesma cultura engaiolada. Para uma cidadania planetária é necessário juntar os saberes numa “grade curricular” que não “engradeia”, a ser aplicada em todos os níveis do conhecimento. Isso não quer dizer o fim das disciplinas, mas é um convite a sairmos das gaiolas para ampliar o conhecimento, religar os fenômenos, ter um olhar ampliado, se inspirar, criar espaço para a imaginação e a fantasia.
    O nosso podcast de hoje trata do tema Educação, Separação dos Saberes e Transdisciplinaridade.
    A BNCC traz as bases comuns para a (re)discussão do currículo nas escolas e entendemos que para a educação do presente e do futuro os nossos currículos precisam se transformar, cada vez mais, em currículos de temas, de problemas, de projetos, com trabalhos interdisciplinares. Elegemos um tema e todas as áreas trabalham aquele tema específico, gerando conhecimentos transdisciplinares.
    Quando valorizamos projetos interdisciplinares desenvolvemos nos alunos a aprender os processos complexos do pensar, pois juntamos o que é separado; possibilitamos as experimentações e as pesquisas; eles aprendem a selecionar, criticar, comparar, sintetizar, avaliar. Despertam para o aprender. São enormes os desafios da educação e entre os principais está o despertar no estudante a fome do saber, como diria Rubem Alves. Para fazer frente ao desinteresse das aulas passivas, cada vez mais é preciso trabalhar com projetos e metodologias ativas e participativas, para despertar nos estudantes a inquietação, a curiosidade, o estranhamento, a fome do saber.
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    21 分
  • #15 - Educação para o futuro. Qual futuro?
    2022/04/14
    A nossa reflexão de hoje é sobre qual é a educação que temos que dar para as futuras gerações, para que elas possam enfrentar o novo e o mundo no futuro? Como ajudá-las a olhar para um futuro tão incerto?

    Salman Khan é o fundador da Khan Academy, uma plataforma online de educação livre e organização sem fins lucrativos, que trabalha com vídeos educativos no Youtube e já recebeu milhões e milhões de visitantes virtuais. Ele escreveu o livro “Um mundo uma escola. A Educação Reiventada”, no Brasil publicado pela Editora Intrínseca. É um livro interessante e nele Khan faz uma forte crítica do sistema educativo tradicional nesse mundo de incertezas e de altas velocidades. 

    Salman Khan costuma dizer que a escola tradicional não responde ao funcionamento do cérebro e que o mundo necessita de pessoas criativas, curiosas, investigativas,  que sejam capazes de criar e implementar novas ideias e que estejam dispostas a aprender sempre, ao longo da vida. 

    No livro Khan faz o seguinte questionamento: “uma vez que não podemos prever exatamente o que os jovens de hoje vão precisar saber em dez ou vinte anos, o que lhes ensinamos é menos importante do que como eles aprendem a ensinar a si próprios”[i].

    Para Khan “...a tarefa crucial da educação é ensinar as crianças como aprender. Conduzi-las a querer aprender. Alimentar a curiosidade, encorajar a capacidade de se maravilhar, e instilar confiança para que no futuro tenham as ferramentas para encontrar respostas a muitas das perguntas que ainda não sabemos nem sequer fazer”.[ii]

    [i] KHAN, Salman. Um mundo uma escola. A Educação Reiventada. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca. Edição digital, 2013. Kindle, posição 2088

    [ii] Idem, 2013, posição 2091. 
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  • #14: Sobre os encantamentos da vida e as significâncias do mundo ​
    2022/04/07
    O poeta Manoel de Barros dizia que “poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas)”. Para enfrentar os antiencantamentos que o mundo e a vida nos impõem diariamente, faço uma crônica e um convite para vivermos com mais encantamentos. A palavra encantar vem do latim “incatare”, que significa participar de um canto, estar junto de um canto, enfeitiçar. Convido-o para trazermos de volta, ainda que de vez em quando, a criança que há em nós; pelo menos a nossa imaginação e a nossa sensibilidade permitem. Basta ter olhos para ver, corpo para sentir, ouvidos para escutar e alma para apreciar.
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