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Filosofia em Pessoa | Escritas Mutantes

Filosofia em Pessoa | Escritas Mutantes

著者: Luis Filipe B. Teixeira
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このコンテンツについて

«Filosofia em Pessoa» apresenta reflexões em torno do pensamento filosófico, esotérico, hermético, gnóstico e neo-pagão de Fernando Pessoa e de seus heterónimos (A. Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, António Mora e Bernardo Soares). Reflexões a partir da recolha, organização, transcrição e edição dos seus papeis existentes no Espólio (BN) e Biblioteca (Casa Fernando Pessoa). Ensinar Local, Aprender Global (Teach Local, Learn Global). Mais uma vertente da Ac@dEMia das Escritas Mutantes, sobre como se escreveu (e escreve) mutantemente o Humano, «Descobrindo a ideia de Descoberta» (FP).Luis Filipe B. Teixeira
エピソード
  • Episódio # 04 - A dimensão fenomenológica e transcendental da matriz Neo-Pagã do conceito de Natureza («das Coisas») em Fernando Pessoa
    2025/03/08

    A religião pagan é politheista. Ora a natureza é plural. A natureza, naturalmente, não nos surge como conjunto, mas como «muitas cousas», como pluralidade de cousas. Não podemos afirmar positivamente, sem o auxilio de um raciocínio interveniente, sem a intervenção da intelligencia na experiencia directa, que exista, deveras, um conjunto chamado Universo, que haja uma unidade, uma cousa que seja uma, designável por Natureza.(…) (A. Mora,ORD,II, 157, 21-13r) //A Natureza é partes sem um todo(A.. Caeiro) O conceito de Natureza em F. P constitui uma das matrizes do seu pensamento e obras, quer poéticas quer ensaísticas, sendo, como não podia deixar de ser, pilar recorrente da própria heteronímia. Nela assenta a própria «tentativa de reconstruir/reformar o (Neo-)Paganismo», base da defesa do «Regresso dos Deuses» nas suas diversas formas. As duas obras teóricas em que se apoia esta «defesa/reconstrucção», «nos seus dois ramos divergentes, o neo-paganismo portuguez» são «o Regresso dos Deuses de António Mora, e o Paganismo Superior de Fernando Pessoa» (LFBT,ORD, I,5). Caeiro, poeta materialista, «filho» de Lucrécio e do «naturalismo grego», é, de facto, «o S. Francisco de Assis do novo paganismo» (LFBT,ORD, II, 215) e, por isso, o «reconstructor/reformador do paganismo» de que o Dr. A. Mora é o seu «continuador filosófico». Se, em Caeiro, «Guardador de Rebanhos» que, afinal, são os pensamentos, assistimos à «Entrega» e «Eterna Criança»; em Reis, poeta Horaciano, manifesta-se o «diálogo dentro da Natureza» e a «Indiferença»; Campos, por sua vez , nesta tipologia, elabora «súplicas à Noite», ao «Instinto de Morte» e à «Viagem de regresso», tendo a «mala» como símbolo de Viagem da Vida e a Terra como «Mãe verde», «Mãe carinhosa» e «vertiginosa» nessa «excentricidade caótica» de ressonâncias vergilianas («Iniciativa»); e, por fim,esta «quadratura circular» cumpre-se, uroboricamente, na «Morte e Regresso» da Alma Portuguesa em F. P. e na Natureza como «Mar» e «Ilha» e «Instinto de Infância» e apelo às origens órficas e à figura Mítica da «Mãe como forma arquetípica de «equilíbrio» e «acolhimento». Por sua vez, o Dr. A. Mora defende esse «retorno» a partir de um «Programa» preciso e bem delineado, desde logo, tendo por base uma «Theoria dos Deuses. O que são os Deuses?» e as próprias «Provas da existência dos deuses.» (LFBT,ORD,II, 217-220). Nestes docs está bem presente o que designaríamos por dimensão fenomenológica e transcendental, quer desse mesmo Paganismo (como escreve num dos fragmentos dos seus «Prolegómenos…», «O Paganismo Transcendental – o ocultismo», LFBT,ORD, II, 241), fazendo-o avançar pela «defesa de Apollo contra Christo», quer, evidentemente, por via de uma reflexão alargada da(s) noções de Natureza, não comonatura naturata, inerte, mas comonatura naturans, dinâmica, em processo, as bases da descoberta do «sentimento naturalista», pois o indivíduo é, essencialmente, uma «realidade natural» e, por isso, como acrescenta no «Programa deAthena»(de que Mora foi o Director), há que fazer frente ao espirito filosófico, «doente»,do kantismo (a partir da elaboração de uma «Contrathese à C.R.Pura de Kant….») e, reformando-o, «reintegrar o Homem na Natureza, sem o tirar da Humanidade» (LFBT, ORD, II, 125). Daí que «os Prolegómenos sejam um ataque ao Christianismo» e «Os Fundamentos uma defesa do paganismo»(LFBT, ORD,II, 237). Neste episódio,áudio de um Seminário que leccionámos, reflectiremos sobre tudo isto, demonstrando, quer particularmente, com base nos documentos existentes no espólio, quer a partir das suas articulações filosóficas, o sentido de todo este «programa» pessoano que, evidentemente, toma a «Natureza» por reflexão fundante e fundamental. (Nota: Os textos-base são do no nosso último livro/ebook «O Regresso dos Deuses. Fernando Pessoa e o Ideal Neo-Pagão: Edição e Estudo»⁠https://play.google.com/store/books/details?id=8av-EAAAQBAJ⁠).

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  • Episódio # 03 - Distopia, Utopia e Heteronímia: F.P. e a dimensão algorítmica do theatrum mundi neopagão
    2025/02/10

    O conceito de distopia (do grego, δυσ+τόπος) exprime 'dificuldade, dor, privação, infelicidade'+ 'lugar'. Portanto, 'distopia' quer dizer 'lugar infeliz, mau', usualmente, opondo-se ao conceito de ‘utopia’ (do grego, οὐ+τόπος), o qual designa ‘não-lugar’. Neste podcast (áudio de um Seminário de Verão que leccionámos), tecemos uma breve reflexão em torno das temáticas da «Distopia/Utopia» por relação à matriz neopagã do pensamento (heteronímico) e obras de Fernando Pessoa, isto a partir de todas as investigações de recolha, organização, transcrição e edição que temos feito a partir do seu espólio (BN/E3) e biblioteca (desde o início dos anos 90 do século passado) e, desde logo, no nosso último livro/ebook «O Regresso dos Deuses. Fernando Pessoa e o Ideal Neo-Pagão: Edição e Estudo» (https://play.google.com/store/books/details?id=8av-EAAAQBAJ). Com efeito, a matriz algorítmica da «quadratura do círculo» heteronímico (como a temos designado) obedece a uma dupla viagem «u-tópica» (dialecticamente «não-distópica») de realização experiencial («sentindo tudo de todas as maneiras»), a saber: Precisamente, de um «laborar» (labora, ora) mitogenético, antropogónico e gnóstico, encarados, simultânea e dialecticamente, a nível individual e colectivo. Ou seja, uma de cariz orgânico e genético, construindo uma arquitectura genealógica assente no processo (dionisíaco/apolíneo) de individuação e de Consciência (que tratámos na nossa investigação e tese de Mestrado em Filosofia – FLUL, 1990); outra, de cariz transcendental, fundamentada colectivamente na edificação de um Império da Cultura —, sendo no diálogo entre estas duas dimensões que se institui, quer a «alquimia» gnóstica e neopagã, quer o projecto teleológico do paradigma dis-tópico/u-tópico em Fernando Pessoa e, com eles, a dimensão algorítmica do theatrum mundi neopagão.

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  • Episódio #02-Sessão de Apresentação da Temporada 1 e do livro/ebook «O Regresso dos Deuses. Fernando Pessoa e o Ideal Neo-Pagão: Edição e Estudo» de Luis Filipe B. Teixeira (Univ. Aberta/CEG)
    2025/01/13

    Episódio de apresentação da Temporada 01 e da edição deste O Regresso dos Deuses. Fernando Pessoa e o Ideal Neo-Pagão: Edição e Estudo de Luís Filipe B. Teixeira (edição de Autor/Escritas Mutantes/Colecção «Filosofia Pessoana»/06) (ver Índice) e deste grande (e complexo) conjunto de algumas centenas de fragmentos (de extensão variável e em prosa) sobre a Filosofia Neopagã e o Neopaganismo de Pessoa, documentos do seu espólio existente na Biblioteca Nacional (Portugal) [BN/E3](também estudados a partir da sua biblioteca existente na Casa Fernando Pessoa) Com ele, pretende-se fornecer, ao grande público, um panorama, tão alargado quanto possível, em forma de vulgata (expurgada dos aparatos críticos, filológicos e de tradição, mas nem por isso com menor rigor científico e metodológico), esta vertente fundamental e fundante do seu pensamento e obras. Trata-se de documentos/fragmentos que, na sua quase totalidade, reunimos, organizámos, transcrevemos e editámos pela primeira vez (em termos de corpus), sobre o ideal neopagão e o «Paganismo Superior» defendido por Pessoa e seus heterónimos, nomeadamente, pelas vozes do ortónimo, de Reis e do Dr. António Mora, quer numa edição do Acarte (1996), quer na nossa tese de Doutoramento (1998), posteriormente editada pela IN-CM (2002). Assim, como sempre desejámos fazer e defendemos, facultamos aqui ao grande público, nacional e internacionalmente, bem como para toda a Lusofonia, em livro único e em modo de vulgata e leitura sequencial, este conjunto (organizado de acordo com os seus «Projectos» do espólio) de todos estes textos essenciais à compreensão do pensamento e obras do Poeta, isto após terem sido «laboratorialmente» («labora, ora…») recolhidos, transcritos, organizados e, mesmo, editados e «testados» cientificamente, agora aqui «revisitados» e «relidos» com algumas «afinações», como acrescentaria o Poeta.Cumpriu-se, assim, o que o próprio Pessoa desejou e escreveu:

    «Publicaremos, na altura em que stiverem promptas, as duas obras theoricas onde se apoia, nos seus dois ramos divergentes, o neo-paganismo portuguez: o REGRESSO DOS DEUSES de António Móra, e o PAGANISMO SUPERIOR de Fernando Pessoa.»

    A nossa ideia sempre foi (e é) que, desde o momento em que foi estabelecida a totalidade da edição crítica, com o rigor filológico e metodológico inerentes, de todos estes documentos, isto é, tendo sido efectuado todo o trabalho de investigação (e hermenêutico), de recolha, organização e transcrição de todo este material, segundo uma metodologia «arqui(hiper)textual» (a partir dos seus projectos existentes, igualmente, no seu espólio, bem como, a partir de critérios científicos e filologicamente adequados, testados e aprovados academicamente, se produzisse uma edição vulgata para ser lida e usada pelo grande público, permitindo, assim, o acesso a este essencial núcleo do seu Pensamento e Obras mas, por amplificatio, da própria Cultura Portuguesa e, igualmente, Lusófona e Universal. Ora, aqui está! Viva o «Dia Triunfal» e mais uma efeméride dos anos (a 16 de Abril) do Mestre Alberto Caeiro, de quem o Dr. António Mora foi o seu «continuador filosófico»!

    «O Grande Pan renasceu!» ......................

    Sobre o apresentador do Autor: Diego Giménez doutorou-se em Literatura e Pensamento na Universidade de Barcelona, com uma tese sobre o Livro do Desassossego. Licenciou-se em Filosofia e fez o mestrado em Estudos Literários na mesma universidade. Trabalhou na redação de LaVanguardia.com e cofundou em 2008 a Revista de Letras. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e investigador no há “Nenhum Problema Tem Solução: Um Arquivo Digital do Livro do Desassossego”, da Universidade de Coimbra. Foi investigador de pós-doutoramento na Universidade Estadual de Londrina e lecionou as disciplinas "Teoria do Poema" e "Teoria da Narrativa". Desde 2018 é investigador no Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra.

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