エピソード

  • #08 - Adeodato hoje
    2025/05/30

    Uma memória que perdura nas comunidades, nas salas de aula, e nas universidades. Adeodato Manoel Ramos segue mais vivo do que nunca na memória de todos que estudam, mobilizam e vivem o seu legado.

    No último episódio dessa série, abrimos espaço para conversar com lideranças sociais, professores da rede básica de ensino e acadêmicos que estudam a vida de Adeodato, e as suas reverberações no presente.


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    1 時間 27 分
  • #07 - No rastro dos ossos
    2025/05/30

    Vinte e oito mil novecentos e quarenta e sete: esse era o número da sepultura de Adeodato quando foi enterrado no Cemitério Público de Florianópolis, no dia 4 de janeiro de 1923. Poucas horas antes, ele havia sido baleado, e os fatos que se seguiram são um terreno difuso para a história. Os documentos apresentam lacunas e contradições: horários divergentes, ferimentos sem explicação e a suspeita de que foi deixado à própria sorte, apesar da gravidade de seu estado.

    A memória sobre Adeodato atravessa tempos e territórios. Vive em relatos orais, em denúncias na imprensa, no silêncio oficial e em disputas que perduram. Nosso protagonista foi um líder caboclo, um homem racializado, pobre e sertanejo. O tempo o transformou em símbolo: temido ou reverenciado, mas símbolo, enfim.

    Neste episódio, seguimos o rastro de seus restos mortais, enterrados em um cemitério que, semanas depois, foi desativado para dar lugar à ponte Hercílio Luz, cartão postal de Florianópolis. Entre exumações, anúncios na imprensa e registros oficiais, buscamos respostas: Onde está o corpo de Adeodato? E o que isso nos revela sobre as formas de lembrar — ou esquecer — certas vidas?


    Fontes e Referências: https://anotepad.com/note/read/kib7f4ke.


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    33 分
  • #06 - Antes de tudo, um caboclo
    2025/05/30

    Adeodato está preso e aguardando sua condenação quando improvisa uma trova que circulou de boca em boca por décadas, até ser registrada pelo folclorista Euclides Felippe. Esses versos revelam um Adeodato trovador e sensível, que, mesmo na prisão, deixou em sua poesia pistas sobre a guerra, mas também sobre o passado anterior à sua entrada na Irmandade.

    Neste episódio, seguimos essas pistas para investigar sua vida antes da guerra: sua infância entre Cerrito e Curitibanos, a morte da mãe, os vínculos de compadrio, o aprendizado como domador de cavalos e tropeiro, seu casamento e o nascimento da filha. Conhecemos o peso simbólico do batismo, o papel do pai como capelão e as redes sociais que uniam padrinhos, patrões e trabalhadores rurais.

    Em meio à escassez de fontes e contradições nas datas, cruzamos relatos e documentos para reconstruir sua trajetória. E a partir da única fotografia existente e dos depoimentos de quem o conheceu, abrimos também o debate sobre sua origem étnica e a presença afro-indígena na formação do caboclo do Contestado. Fragmentos de uma vida antes da guerra, ainda à sombra, começam a ganhar forma.


    Fontes e Referências: https://anotepad.com/note/read/ykimjiec


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    30 分
  • #05 - Do arado ao facão, da enxada à carabina
    2025/05/30

    Um jovem Adeodato observa, escondido no mato ao lado de um amigo, as tropas da Santa Irmandade vencerem as forças oficiais. Ele não imagina que, em apenas alguns meses, se tornará o líder incontestável daquela facção vitoriosa.

    Neste episódio, contamos o caminho que levou Adeodato de simples tropeiro e domador de cavalos a comandante de um exército com milhares de combatentes. Sua entrada na Cidade Santa, um novo batismo e mudança de nome, seu papel de destaque como Par de França, os reveses imprevisíveis da guerra, a influência de seu novo padrinho e um sonho iniciático marcam as etapas dessa transformação.

    Neste relato, alguns dos personagens e cenários apresentados em episódios anteriores se entrelaçam para explicar não apenas a ascensão de Adeodato na Santa Irmandade, mas também as reviravoltas profundas e surpreendentes que, às vezes, a vida de uma pessoa pode dar em pouquíssimo tempo.


    Fontes e Referências: https://anotepad.com/note/read/4y4f28rp


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    27 分
  • #04 - "Não conteste o Contestado sem saber sua razão"
    2025/05/30

    Está claro quem protagoniza esta história: Adeodato. Mas histórias são sempre coletivas. É possível compreender a vida do último líder da Santa Irmandade sem conhecer as condições que deram origem à irmandade? E é possível entender seus fundamentos sem conhecer os motivos da guerra e o substrato sócio-religioso que levou ao surgimento de uma resistência armada?

    Neste episódio, percorremos uma rede complexa de elementos fundamentais para compreender a Guerra do Contestado e, naturalmente, a vida de Adeodato. Entre eles, destacam-se desde a construção da Estrada de Ferro Rio Grande do Sul – São Paulo pela Brazil Railway Company até a criação de cidades santas; e desde uma tradição religiosa que venerava monges andarilhos no século XIX até a formação da Santa Irmandade, das expressões político-religiosas mais potentes desse culto.

    Neste relato, a vida de personagens como o Monge José Maria, Francisco Ferreira de Albuquerque, Querubina e Euzébio Ferreira dos Santos, João Gualberto, Setembrino de Carvalho, Manoel Moraes “Pai Velho” e, claro, o próprio Adeodato — entre muitos outros — se entrelaça em cenários e fatos que marcaram o surgimento da Santa Irmandade, a origem da guerra, a criação das cidades santas, o culto religioso, a resistência, a destruição e a morte.


    Fontes e Referências: https://anotepad.com/note/read/4g6fr6tc


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    27 分
  • #03 - “30 anos vou cantar!”: julgamento, prisão e fuga
    2025/05/30

    “Perdemos a guerra; a guerra está perdida. Quem quiser ir para o mato, vá. Não quero ninguém comigo…”

    Do alto de um barranco e empunhando sua espada, Adeodato se dirige pela última vez a um pequeno grupo de seguidores que, por semanas, o haviam acompanhado em sua fuga pelo mato. Ninguém queria ouvir aquelas palavras. Mas, após enfrentar a miséria, a fome e a morte, o líder caboclo não pôde fazer outra coisa senão falar.

    Nos meses seguintes, Adeodato vagará sozinho pelas imediações do rio Timbó, recebendo ajuda ocasional de moradores da região. Mas, no início de agosto de 1916, será capturado. No restante do ano, será levado para Florianópolis, fotografado, entrevistado, depois transferido para Curitibanos, julgado, condenado e, em uma reviravolta inesperada, protagonizará uma fuga antes de ser recapturado.

    Este episódio percorre os acontecimentos de 1916, ano-chave nesta história, e nos traz os primeiros testemunhos sobre a vida de Adeodato contados com sua própria voz. Relatos que revelam seu talento para a trova, sua ironia afiada, seu olhar crítico sobre a sociedade e sua inabalável vontade de proteger os seus, mesmo depois da derrota.


    Fontes e Referências: https://anotepad.com/note/read/87m3r7wn


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    34 分
  • #02 - Estadia desagradável
    2025/05/30

    No capítulo anterior, começamos a conhecer a vida de Adeodato Ramos, mais especificamente o fim de sua vida após a tentativa de fuga da prisão. Nesta ocasião, com base em dois eventos em que nosso personagem histórico esteve envolvido, analisamos como era sua vida em um contexto de prisão e como sua vida anterior à prisão continuou a assombrá-lo e a condicioná-lo mesmo na prisão.

    Em março de 1917, um conflito “cotidiano” terminou com Adeodato sendo esfaqueado e gravemente ferido por Bruno Haendchen, um homem condenado pelo assassinato de um “fanático” do Contestado. Por meio de documentação histórica, como registros de imprensa e inquéritos policiais, é revelado como uma aparente discussão sobre um prato de comida no corredor da prisão escondia conflitos mais profundos ligados à guerra e a antigas disputas.

    Cinco anos depois, após uma discussão ideológica, o líder caboclo esfaqueou Antônio da Silva Porto, seu companheiro de cela, até a morte. Semanas depois, o próprio Adeodato foi assassinado.

    Uma análise crítica de ambos casos, desmonta alguns erros historiográficos sobre a figura de Adeodato, ao mesmo tempo em que revela tensões políticas, sociais e simbólicas que persistiram ao longo do tempo após o conflito do Contestado.


    Fontes e Referências: https://anotepad.com/note/read/8m5xihqf


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    20 分
  • #01 - "O demônio está encarcerado: é ele mesmo em carne e osso!"
    2025/05/30

    Às 10 horas da manhã do dia 3 de janeiro de 1923, a praça pública 17 de novembro, em Florianópolis (atual Praça Getúlio Vargas), foi palco de um confronto entre um homem que tentava fugir da prisão e pelo menos cinco policiais. O protagonista da fuga foi baleado e morreu poucas horas depois. Ele era Adeodato Ramos, o último líder das forças rebeldes da Guerra do Contestado (1912-1916). A notícia de sua morte se espalhou rapidamente pelos jornais de grande parte do Brasil, pois, aos olhos da imprensa, o próprio demônio havia caído.

    Quais foram as circunstâncias que levaram Adeodato à prisão? Em que contexto ocorreu a tentativa de fuga?, como eram as condições de vida nas prisões da época na capital de Santa Catarina? É plausível pensar em uma tentativa de fuga como a descrita? Adeodato era apenas mais um prisioneiro? Neste episódio, damos início a uma série de podcasts que traça a vida de Adeodato Ramos e analisamos os relatos desse evento a partir de uma perspectiva crítica que nos leva a questionar alguns pontos das narrativas oficiais.


    Fontes e Referências: https://anotepad.com/note/read/h4eaipm6


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    35 分