エピソード

  • Transtorno do espectro autista: o que voce precisa saber? Dr Prof Dr Erasmo Barbante Casella @casella.erasmo
    2024/11/07

    O transtorno do espectro autista tem como maior causa a genética. Outras causa podem estar associadas como nascimento prematuro, anóxia neonatal, trauma de cranio, meningite, uso de alguns remédios na gestação, pais com idade acima de 50 anos, entre outros. Importante ressaltar que não há relação de vacinas com autismo. Transtorno do espectro autista (TEA) é um termo usado para ajuntar todos os tipos de autismo desde casos leves até casos mais graves. No passado poucos diagnósticos eram feitos pelo desconhecimento dos médicos e da população a respeito da doença. A incidência aumentou em decorrência a melhora de conhecimento dos profissionais e maior acesso das pessoas ao tratamento (1 caso para 36 habitantes). Sinais de alerta: quando a criança mama e não olha no olho da mãe, crianças que nao querem muito colo, crianças com um ano e dois meses não batem palma e não apontam o dedo, mania de enfileirar carrinhos e outros objetos, fixação em objetos que rodam, estereotipais como flapping, rodando em volta de si mesmo ou ao redor da mesa, brigam isoladamente, tem atraso de fala e desinteresse na comunicação não verbal. A criança pode ser hiper ou hipo sensível, mas no geral tem hipersensibilidade e muitos tem aversão a abraços ou a determinadas roupas. Muitos andam na ponta dos pés de devem ser trabalhados para evitar rigidez no tendão de aquiles. Alguns se escondem debaixo da mesa por aversão às pessoas. As crises de birra são mais frequentes, mas exageradas e por qualquer motivo. Os distúrbios do sono e enxaqueca são mais frequentes no autista. Cerca de 32% dos autistas tem deficiência intelectual. 1/3 das crianças que tem um bom desenvolvimento até 3 anos de idade podem ter regressão. A principal comodidade é o TDH (transtorno de déficit de atenção) que pode ocorrer em 50% das crianças. Importante ressaltar que crianças mais velhas podem desenvolver agitação, deficit de atenção e ter TEA e não TDH o que pode retardar o diagnóstico e dessa forma comprometer o desenvolvimento da criança. Alguns tem transtorno obsessivo compulsivo, ansiedade, depressão e a incidência de suicídio é 28% maior do que na população. em geral. Muitos tem problemas com a teoria da mente, ou seja, só conseguem conversar assuntos que eles interessam. O mais importante é fazer o diagnóstico precoce para estimulação com alguns métodos como o ABA. A estimulação precoce vai minimizar os sintomas através da plasticidade cerebral. A classificação é um, dois e tres, ou seja, grave, moderado e leve. O CID classifica TEA com ou deficiência intelectual. Porém, há dificuldades para classificar crianças menores que 5 anos de idade. 80% dos adultos jovens moram com os pais. O diagnóstico é basicamente clinico. O exame genético pode ser requisitado porém, não é essencial. O acompanhamento sequencial do paciente é importante para confirmação diagnóstica. O tratamento requer alguns remédios para aliviar os sintomas do paciente como insônia, depressão, transtorno bipolar, TDHA. Não há remédio específico para cura do Autismo. O principal tratamento é a analise aplicada do comportamento (DENVER e ABA). O ideal na educação é que as escolas normais façam adaptação para crianças com TEA e que elas tenham atendentes terapêuticos a fim de cuidar especificamente da criança. A visão da escola é tentar agrupar a criança, pois a tendencia do TEA é ficar isolado. A educação do professores para aprender a reconhecer e a lidar com essas crianças é importante. Existem alguns grupos de apoio, porém poucos são efetivos para os pacientes. Alguns vídeos educacionais são importantes para população e para os pais de crianças com TEA, especialmente os que não tem condições para terapia. A educação nas escolas para inserção das crianças e empresas também é importante, principalmente aqueles que conseguem lidar ou não com o público. Boa parte dos pacientes com TEA podem ter stress pós traumático no trabalho. #autismo #transtornodoespectroautista

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  • Aids, Hepatite B e Hepatite C: tudo o que você precisa saber! Dr Edson Boccardo Médico Infectologista Hospital Emilio Ribas @edsonjoseboccardo
    2024/09/30

    Dr Edson José Boccardo Médico Infectologista Hospital Emílio Ribas A história do HIV iniciou-se em 1978 com alguns casos no Haiti e na África. O vírus foi isolado em 1983 por um cientista francês. Porém, o primeiro relato surgiu com um caso de pneumonia diferente, pneumocistose em 1990. Outos casos de doenças atípicas surgiram como sarcoma de Kaposi. Estudando estes casos demonstraram que a imunidade desses pacientes era muito baixa. Percebeu-se que a população com este vírus era predominante entre homossexuais, pessoas que recebiam transfusão de sangue e usuários de drogas. Pessoas com AIDS (doença associada ao HIV) era fatal em praticamente todos os casos, pois as células do corpo para combate à infecção eram todas atingidas deixando o corpo suscetível a infecções raras que eram fatais para os pacientes. O principal mecanismo de transmissão é a relação sexual, ainda transfusão de sangue apesar de mais raros, e compartilhamento de seringas no uso de drogas injetáveis. Importante ressaltar que atualmente a relação heterossexual é a predominante na transmissão do HIV. Infelizmente a maioria da população jovem não utiliza mais o preservativo para ter relações e a incidência não só da AIDS, como sifilis, hepatites, entre outras infeções, aumentou muito. As novas medicações são muito eficientes e com menos numero de compridos e algumas medicações são injetáveis e podem tomar a medicação uma vez ao mês. A chance de desenvolvimento da doença com essas medicações é muito baixa. O tratamento pós exposição é para pacientes que se descuidaram durante a relação, sem preservativo, com pessoas desconhecidas, etc. Primeiro faz-se o teste rápido em até 72 horas, se for negativo, faz-se a medicação (o coquetel) por 28 dias para impedir a entrada do vírus na célula. Esse tratamento reduz a chance de infecção em mais de 90%. O prep é mais recente, utilizado na pessoa que tem comportamento de risco ou o parceiro: essa pessoa toma medicação para evitar contrair a doença, porém o tratamento é mais longo. Importante ressaltar que esses tratamentos não previnem as outras infecções sexualmente transmissíveis. Alguns pacientes são chamados de “controlador de elite” que é positivo, porém com carga viral baixa ou praticamente zero e não desenvolve a doença. Esses pacientes, que são raros, não necessitam de tratamento. O rastreio das infecções sexualmente transmissíveis deve fazer parte do check up inclusive para HIV pelo menos uma vez ao ano. As técnicas de rastreio para HIV estão muito refinadas e são capazes de detectar baixas quantidades de vírus. As hepatites B e C também são doenças sexualmente transmissíveis. A hepatite B foi primeira hepatite identificada e pode ser transmitida pelas relações sexuais, transfusão e compartilhamento de seringas. Além disso, a hepatite B pode ser transmitida em acidentes com agulhas, uso de alicates, tatuagens, barbeadores, etc.. em 20%, pois o vírus vive muito tempo em superfícies (20% de chance de transmissão). 90% de quem contrai desenvolve anticorpos e eliminam o vírus. Os outros 10 % podem ter cronificação da doença e desenvolver câncer de fígado ou cirrose: as hepatites são as principais causas de cirrose no Brasil. O paciente pode ficar assintomático até 6 meses e o paciente não sabe, podendo transmitir a doença. Após 20 anos pode apresentar alterações hepáticas. Atualmente as novas medicações tem menos efeitos colaterais com maior poder de cura; um comprimido por dia por 12 semanas com redução significativa da carga viral em 98% dos casos. A hepatite B pode ser previnida com vacina. O mecanismo de contágio de hepatite C é a mesmo da B. A chance de cronificação dessa doença é de 70% e também pode causar cirrose e câncer de fígado. Essa doença não tem vacina, porém o tratamento eficaz reduz a carga viral em 2 meses. #aids #hepatite

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  • Sífilis, infecção sexualmente transmissível, silenciosa e perigosa. Dr Herculano Dias dermatologista HCFMUSP @alencarherculano
    2024/09/13

    Dr Herculano Duarte Ramos médico dermatologista HCFMUSP e coordenador dos estágios em IST para médicos residentes no CRT DST - AIDS Prof Dr Edson Bor-Seng-Shu, professor liver docente HCFMUSP Dr Marcelo de Lima Oliveira, doutor pelo departamento de Neurologia HCFMUSP Infecções sexualmente transmissíveis (IST) são aquelas que tem a via de transmissão predominantemente pelo ato sexual. Importante ressaltar que que além do contato sexual, muitas vezes nas preliminares a doença pode ser transmitida e algumas vezes até o beijo pode transmitir um IST como por exemplo a sífilis. Qualquer indivíduo que tenha relação sexual pode encontrar no seu parceiro alguma IST que não manifesta sintomas. Porém, existem grupos onde a incidência aumenta muito como ter relações com múltiplos parceiros e não se protegem na relação, ou seja, tem comportamento de risco. Drogas associadas ao sexo, incluindo bebidas alcóolicas, potencializam o risco para contrair ISTs. O sexo anal é uma atividade sexual de maior risco em decorrência dos pequenos traumas durante a relação. Em dez anos houve aumento de 780% da incidência de sífilis. Na idade média era uma doença grave em decorrência de não haver antibióticos para o tratamento. Dois fatores provocaram o aumento dessa doença: 1) pela redução na proteção da relação sexual e 2) pela redução acentuada no auge do HIV e não se falar mais na doença. Com a melhora no tratamento do HIV e medicações que previnem o HIV as pessoas deixaram de protegerem-se em relações o que aumentou a incidência de sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Quando as pessoas entram em contato com o Treponema (bactéria que causa a Siflis) 1/3 se infecta. A sifilis evolui em estágios: 1) a lesão inicial ou cancro duro, indolor, aparece de 10 a 90 dias após o contato. Importante que nesta fase o risco de contrair outras ISTs aumenta em decorrência da lesão da pele. O médico deve ser procurado já nesta fase para diagnóstico e tratamento. 2) Após essa fase os sintomas sistêmicos como dor no corpo, dor de garaganta, lesões em toda pele, entre outros sintomas; nesta fase a doença ainda é transmissível. Ela também “desaparece” espontaneamente sem tratamento; 1/3 pode se curar espontaneamente e o restante pode evoluir para sífilis terciária. Na sifilis terciária pode causar vários sintomas neurológicos como AVCi em decorrência a inflamação das artérias cerebrais, declínio cognitivo, demência, alterações e humor, delírio, perda auditiva, perda visual, inflamação na medula espinhal e crise epiléptica. Na gestação e importante fazer o rastreio de sífilis porque a detecção precoce pode evitar a transmissão da doença da mãe para o feto. Se não tratada a criança pode nascer com sifilis com taxa de mortalidade de 40%. A sífilis latente, ou seja, uma doença não detectada, sem lesões, onde a doença é só detectada pelo exame de sangue (VDRL), pode manifestar-se tardiamente perante a uma redução da imunidade do paciente com diabetes, uso de corticóide, entre outras. A gonorréia e a clamídia são as maiores causas de corrimento uretral, corrimento do colo do útero e corrimento anal. A dor pélvica e dor nas relações sexuais são sintomas importantes também. Diante desses sintomas o tratamento ja deve ser instituído a fim de evitar complicações como esterilidade. HPV é um vírus que causa infecção assintomática e quando provoca sintomas causam o condiloma no penis e na vagina. O tratamento da verruga não elimina a chance de transmissão. Essas lesões são as principais causas de cancer de colo de utero, boca, anus e também podem causar cancer de laringe e faringe. A vacina para HPV pode prevenir a ocorrência dessas feridas e prevenir o cancer. O centros de referencia são importantes para que pessoas com suspeita de ISTs possam ter acesso rápido ao serviço de saúde para rastreio, diagnóstico e tratamento dessas doenças. O tratamento em geral é simples com tratamento simples. #sifilis #gonorrhea #hpviral

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  • Qual a diferença entre demência e esquecimento? Dr Rene Gleizer neurologista Hospital Abert Einstein @renegleizer
    2024/08/18

    O cérebro funciona com uma empresa com diferentes departamentos conectados entre si. Existe uma área especifica para linguagem no cérebro. A informação recebida que pode ser tátil, sonora ou visual é recebida na região temporal, processada, entendida e encaminhada para região anterior do cérebro para planejamento da resposta adequada, ou seja, reposta em linguagem coerente pela fala, escrita ou pela expressão corporal num tempo adequado. Parte importante da resposta é a expressão e a intonação da voz. A gramática é fundamental na comunicação escrita para que a resposta tenha sentido em expressar o que se quer falar. A linguagem pode ser avaliada pelo neurologista. O primeiro pre requisito é a fluência na comunicação, ou seja, quantas palavras a pessoa fala por minuto. Em seguida a nomeação de objetos ou outras coisas corriqueiras é avaliada. A capacidade de nomeação é uma das primeiras funções a serem afetadas em algumas doenças neurológicas. Depois, avalia-se a compreensão do paciente a frases ditas a ele. Dessa forma pode-se identificar a localização do cérebro que esta afetada no distúrbio de linguagem. Paciente com lesão na região posterior do cérebro não conseguem entender os estímulos que são dados para ele e lesões na região anterior do cérebro o paciente tem dificuldade de se expressar com lentidão para falar e achar as palavras adequadas. Algumas pessoas podem ter dificuldade natural para nomear pessoas e alguns objetos, porém a curva de esquecimento é bem mais lenta do que pacientes com comprometimento neurológico. Esse esquecimento natural não gera prejuízos na vida social ou no trabalho do paciente. Essas situações "naturais" podem piorar com o stress, falta de sono, ansiedade, depressão (pseudodemencia), climatério, gestação, entre outras causas. Isso é muito comum na sociedade de alto desempenho. Por vezes uma dica ou "pista" evoca ao resgate da informação que esta armazenada em alguma região do cerebro o que pode indicar esquecimento fisiológico dos dados. A insônia ê uma das principais causas de esquecimento e distúrbios de linguagem. Outra patologia muito importante é a apnéia do sono onde não há sono restaurador. Portanto, insônia, depressão, sedentarismo, anemia, surdez, catarata, sifilis, HIV, deficiência de vitamina B12, hipotireoidismo, hidrocefalia, tumor cerebral, hematomas cerebrais, devem ser investigadas num disturbio de linguagem. Todas essas causas podem ser reversíveis nos distúrbios de linguagem. Importante ressaltar que contato social é fundamental para evitar disturbios de linguagem e cognitivos. A perda súbita da capacidade de comunicação com disturbio de linguagem pode estar associada ao derrame cerebral isquêmico ou hemorrágico e deve ser tratado o mais rápido possível, portanto, nesses casos o paciente deve ir ao hospital urgente mesmo que haja melhora dessa condição. As crises convulsivas e enxaquecas também podem causar perda súbita da capacidade de comunicação. A perda gradual, porém precoce, dos distúrbios de linguagem podem estar associadas a deposição de proteínas em diferentes áreas do cerebro que causam afasias primárias progressivas. Uma delas reduz a capacidade de falar com anomia que pode estar associada à doença de Alzheimer com apresentação atípica. Outra variante é a semântica onde o paciente desconhece um objeto (região temporal) que pode estar associada a demência fronto temporal. Esses pacientes podem ter distúrbios de comportamento com desinibição, piadas adequadas, agressividade, apatia. Outra variante é na gramática onde a pessoa que escrevia bem comete erros gramáticos que pode estar associada à afasia primária progressiva. Os exames neurofuncionais (PET FDG) podem identificar redução metabólica em algumas áreas especificas no cerebro que podem estar associados a algumas demências. Os biomarcadores podem ser identificados em exames de imagem na doença de Alzheimer. #afasia #demencia

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  • Como reduzir o sofrimento dos pacientes com doenças crônicas terminais? O que medicina paliativa? Dra Ana Cristina Pugliesi, Hospital Sirio Libanes
    2024/07/28

    Cuidado paliativo, também conhecido como medicina de suporte, é uma forma de cuidar que pode ser integrada com tratamentos modificadores de doença. É um cuidado humanizado que foca no conforto do paciente e da familia. Geralmente esses pacientes encontram-se no limite da vida. Associa a melhora pratica de evidencia da medicina associada a individualidade do paciente. Foca na visão integral do paciente e foca na redução do sofrimento do paciente. Importante ressaltar que o cuidado paliativo trabalha num modelo paralelo para dar suporte em tratamentos em qualquer doença que requer tratamentos prolongados com muitos efeitos colaterais, mesmo que haja possibilidade de cura. Importante estudo publicado mostrou que os cuidados paliativos são uteis e importantes no momento do diagnostico de doença grave que ameaça a vida. O tratamento paliativo ajuda no enfrentamento da doença cronica pelo paciente e pela familia. O foco principal da paliação e para manter qualidade de vida na vigência de doenças graves. As ferramentas de avaliação é multidisciplinar identificando o comportamento do paciente no passado e identificação de problemas associados ao sofrimento no futuro; conhecer o paciente e importante para criar vinculo e dar tratamento adequado para evitar sofrimento. Dessa forma pode-se evitar falta de tratamento ou excesso de tratamento que prolongue a sobrevida artificialmente de maneira desnecessária. O modelo da medicina no século XX passou por revolução biotecnológica com foco em cura. É um excelente modelo para doenças agudas, porém para pacientes crônicos é questionável por prolongarão da vida com sofrimento. Este cenário resgatou a necessidade de oferecer apoio biopisicosocial para que o paciente não sofra durante tratamento de doenças incuráveis. A medicina paliativa olha para dor muito além da dor tecidual olhando para sofrimento do paciente. Hospital San Cristopher no Reino Unido foi o primeiro hospital que recebeu pacientes terminais de cancer e ofereceu apoio ao paciente, familia e especialmente no tratamento da dor para que estes pudessem morrer com dignidade. Existem ferramentas que, através de questionários, podem identificar pacientes com necessidade de cuidados paliativos. Esses questionários tem indicadores gerais da saude do paciente e especificos que mostram doenças como cancer, doenças cardíacas e neurológicas (demências e ELA entre outras doenças degenerativas). Pacientes com degeneração crônica de alguns órgãos como fígado, rins, pulmão e coração também podem ser indicados para receber tratamento paliativo. Quando o tratamento paliativo é agregado a essas doenças o cuidado sera para o paciente, familia e as equipes de tratamento da doença. Importante ressaltar que as pequenas coisas que fazem diferença para conforto do paciente. Para identificar as pequenas coisas é necessário escutar o paciente e a familia para que haja algum tipo de rotina a fima de aliviar o sofrimento do paciente. Apos a identificação dessa rotina é necessário desenhar estratégias para que o paciente tenha uma rotina dentro de um hospital de alta complexidade. O maior campo de atuação da medicina paliativa é na fase terminal das doenças. O principal objetivo de fazer com que o paciente tenha vida ativa o máximo possível, com postura de facilitar, apoiar e ouvir o paciente o máximo possível sem intervir na espiritualidade ou na individualidade do paciente. É proibitivo impor crença e valores seus! Ortotanásia é trazer a morte no tempo certo, quanto todos recursos para tratamento da doença são esgotados, sem sofrimento, sem abandono do paciente e com dignidade; a lei brasileira permite a ortotanásia. Eutanásia é abreviar a vida de um paciente com doença fatal onde o paciente pede que abrevie a vida dele para que não sofra. Eutansia no Brasil é crime. Na morte assistida o ato de abreviar a vida é feito pelo paciente. Mistanasia é a morte miserável dos excluídos que morrem sem dignidade. #cuidadospaliativos #cancer

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  • O diagnóstico de morte encefálica é fundamental para doação de órgãos! Dr Leonardo Borges coordenador da Organização a procura de Órgãos, HCFMUSP
    2024/07/07

    Morte encefalica á a parada das funções cerebrais, ou seja, não há função do cerebro na região supraespinhal. Mesmo que o cerebro não funcione é possível que os outros órgãos funcionem o que permite a doação de órgãos. Após o advento do respirador mecânico houve possibilidade de perpetuar o paciente respirando artificialmente após a morte do cerebro que comanda os movimentos respiratórios. O doador com morte encefálica é um paciente muito grave, por isso precisa de cuidados para que os órgãos que ainda funcionam possam ser doados, pois a fila de espera ainda é muito grande. Os orgãos são recurso escasso no Brasil e no mundo pois a necessidade de transplante aumenta sem aumentar a disponibilidade. Na Espanha ocorrem 50 doações por milhão de população por ano, no Brasil 16 doações por milhão, sendo destaque o Estado de Santa Catarina 40 por milhão. Outras soluções para reduzir a fila será o transplante de órgãos de animais em humanos. Nos conceitos modernos a vida faz sentido quando o cerebro funciona: o comportamento do cerebro caracteriza uma pessoa. A perda das funções neurológicas pode comprometer a consciência que quando grave chamamos de coma até uma perda completa e irreversível da função cerebral por uma catástrofe cerebral. Dessa forma, com a perda completa e irreversível faz-se o diagnóstico de morte encefálica. Além disso, a causa da perda da função cerebral deve ter causa conhecida. O critério brasileiro para diagnostico de morte encefálica é um dos mais rigorosos do mundo. Importante ressaltar que coma não é sinônimo de morte encefálica, porém todo paciente com morte encefálica está em coma irreversível. O paciente com morte encefálica declarado após os critérios é considerado como morto pela lei criada em 1997 pelo Conselho Federal de Medicina. A resolução foi atualizada em 2017 mantendo segurança e rigor. O diagnóstico de morte encefálica é uma urgência: 1) primeiro para familia ter definição do prognóstico do paciente, 2) para evitar deterioração dos órgãos que podem ser doados, 3) redução dos custos para familia e para o sistema de saúde, 4) liberar vagas para unidades de terapia intensiva. O protocolo brasileiro determina que um médico capacitado por cursos determinados ou experiencia de 10 exames clínicos, deve fazer o primeiro exame neurológico. O segundo médico deve fazer novo exame para confirmar com capacitação e especialidade médica que tenha relação com cerebro como neurologia, neurocirurgia, neuropediatra. Entre os exames há obrigatoriedade de um tempo de observação (pelo menos 1 hora). Após um exame complementar deve ser realizado como Doppler Transcraniano (o mais utilizado), eletroencéfalo. Após o processo completo é possível realizar o diagnóstico de morte encefálica. A familia deve ser comunicada para optar pela doação ou desligar os aparelhos. Quanto a recepção dos órgãos doados, não existe fila, existe o cadastro único para recepção de órgãos. Cada órgão tem critérios de alocação para definir para quem vai o órgão. O primeiro critério é o ABO (tipagem sanguínea) onde o órgão precisa ser compatível com o doador. Em seguido vem a compatibilidade de peso a altura. O receptor precisa de estar em condições de receber o órgão, ou seja, não pode esta infectado. Para rim existe ainda compatibilidade genética (HLA compatível). Fígado não há prioridade de ordem e sim de gravidade do paciente. A data de ordem será apenas critério de desempate entre dois pacientes. A logística também é considerar em decorrência da demora do deslocamento do órgão. Além disso câmaras técnicas formadas por especialistas podem definir de quem é a prioridade através de análise do quadro clínico do paciente. Os critérios de todos transplante são auditáveis e estão a disposição do ministério público. #doador

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  • Com melhorar a voz e a deglutição no paciente com DOENÇA DE PARKINSON? Roberta Bush fonoaudióloga mestre pela Unifesp @robertabush
    2024/06/23

    Roberta Busch, mestre pela Unifesp, fonoaudiologia e diretora do Centro Avançado em Disfagia. Dr Marcelo de Lima Oliveira Neurossonologista Hospital Albert Einstein e Doutor pelo HCFMUSP Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente HCFMUSP Todos os sinais de rigidez e bradicinesia que aparecem no corpo podem aparecer na região da face, boca e língua. A língua pode ficar lenta e tremula com modificação do som da voz. A voz também pode ter alterações pela prega vocal. Além disso pode haver alteração na deglutição com aspiração da comida que deveria ir para o estômago. Ocorrem também alterações no paladar e olfato; um paciente que não sente cheiro e paladar não sente vontade de comer e dessa forma pode perder peso e massa magra. As alterações de voz normalmente estão associadas à voz fraca por rigidez na corda vocal que permite com que a voz fique graça. Além disso o paciente cansa para falar. O monospeech é a perda da modulação da voz e monotonia da voz, e momolaudness com voz baixa sem intenção no discurso. Na atrofia de múltiplos sistemas ocorre ruído na respiração durante a fala onde a prega vocal fecha durante a inspiração. A lingua pode ficar tremula, festinada sao sinais da Doença de Parkinson e estes sinais podem estar associados às alterações da voz. A face também fica congelada que também prejudica a comunicação. As alterações na articulação da fala são complexas e alterações especificas podem estar associadas com doença de Parkinson e síndromes parkinsonianas atípicas. Há dificuldade da coordenação entre respiração e fala que causa cansaço durante a conversa. Alguns pacientes sao discinéticos para falar com saída do som sem articulação da palavra.Por vezes é necessário um distrator para o paciente falar corretamente, ou seja, um estímulo para que o paciente "destrave" a fala. Importante ressaltar que o paciente com Doença de Parkinson tem pensamento lenificado além da dificuldade da fala e ambos atrapalham a comunicação do paciente. O paciente também tem fadiga sensorial com excesso de barulho e palavras. Durante avaliação o fonoaudiologia avalia pela percepção da voz, mensuração da intensidade vocal do paciente. Na analise acústica avalia-se a mediado do temor, frequência e intensidade da voz. A nasofibroscopia também ajuda na avaliação em pacientes com parkinson. LSVT (Lee Sliverman method - penso forte falo forte) é um tratamento fonoaudiológico especifico que dura um mês com repetição de 4 vezes por semana durante uma hora que inicia com "A" prolongado e repetição de frases do cotidiano, segunda semana frases mais longas, terceira semana leitura de textos e ultima semana conversação. A reposta da técnica é muito boa num tempo muito curto. Algumas técnicas manuais, térmicas, massageadores e laser podem ajudar no relaxamento da musculatura a fim de melhora a articulação da fala. A medicação adequada ajuda na melhora da comunicação do paciente e na efetividade da terapia fonoaudiológica. Importante ressaltar que a repetição de frases, fonemas e leituras há estimulaçao de circuitos neurais nao só motores. Disturbios de deglutição são chamados de disfagia. Alguns pacientes por terem disfunções da musculatura ao invés do alimento ir para o estômago vai para via aérea, e alem disso, o paciente pode ficar parado na boca e na garganta. Isso gera risco de infecçao, desidratação e desnutrição. Os principais sinais são pigarro, tosse e engasgo durante a refeição. Coriza durante a refeição pode ser sinal de mal funcionamento do veo palatino. Muitos pacientes com doença de Parkinson tem alimento parado na garganta e não percebem. Por vezes os remédios da medicação não são deglutidos. Clinicamente a dificuldade na deglutição é percebida por aumento da frequência da deglutição para comer pequenas porções de comida. A comida parada na garganta pode pode dessensibilizar a área e dessa forma, o paciente aspira alimentos sem tossir o que facilita a ocorrência de pneumonia. #fonoaudiologia #parkinson #voz

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  • Avanços da fisioterapia para tratamento da Doença de Parkinson. @tamine_capato Fisioterapeuta HCFMUSP
    2024/05/26

    https://www.parkinsonnet.nl/app/uploads/sites/3/2019/11/diretriz_dp_brasil_versao_final_publicada.pdf Recentes artigos publicados em importantes revistas cientificas reforçam a importância da fisioterapia no tratamento da doença de Parkinson, bem como no auxilio do diagnóstico desta doença. Importante ressaltar que a doença tem sintomas motores e não motores. Os principais sintomas motores são: bradicinesia (dentificação dos movimentos), rigidez, tremor e instabilidade postural. Os não motores são: anosmia, depressão, dor, constipação, entre outros. O tratamento da Doença de Parkinson deve ser individualizado com equipe multidisciplinar onde o exercício e fisioterapia se torna extremamente eficiente para retardo da progressão da doença. O fisioterapeuta deve reconhecer os principais sintomas motores da doença de Parkinson. A interação da equipe multidisciplinar (fisioterapeutas, educadores físicos, fonoaudiólogos, médicos neurologistas e neurocirurgiões) também é importante para o tratamento, assim, como o participação dos pacientes no tratamento e na educação através das associações de pacientes que fornecem informações de qualidade. Estudos recentes mostram que exercícios de alta intensidade em esteira e bicicleta são extremamente benéficos para doença de Parkinson com melhora da função motora, porém, foram realizados em pacientes recém diagnosticado. Estes estudos mostraram modificação de estrutura e função cerebral. Há evidencia que o exercício tem efeito neuroprotetor e modificador da progressão da doença. Taish Shuam, dança, tenis de mesa, entre outros movimentos, melhoram a condição da doença na fase 2 por ativar produção de Dopamina. Na fase 3 a fisioterapia tem o papel importante na adaptação de atividades e treino específico como melhora de postura, equilíbrio e melhora do freezing da marcha. O congelamento é definido por bloqueio da atividade mesmo que haja intenção de faze-la como andar e através do treinamento das tarefas específicas o paciente consegue melhorar seus movimentos. Além do freezing, pode haver outras alterações da marcha, como velocidade, alteração no tamanho do passo, equilíbrio e risco de queda que pode ter o risco quantificado. Uma das maiores preocupações da fisioterapia é a queda e imobilismo que leva a perda da independência funcional com piora do prognóstico do paciente com doença de Parkinson. O programa de prevenção de quedas não reduz o risco da queda, porém melhora a defesa do paciente para cair. Através de alguns exercícios específicos com melhora de reação de proteção e exercícios de alta complexidade podem melhorar a segurança do paciente. A dupla tarefa motora como andar falando ao telefone, carregando um copo ou outros estímulos, faz com que o paciente melhore o equilíbrio e redução no numero de quedas e severidade dos ferimentos após quedas. Estudo recente mostrou redução de 50% das fraturas de quadril decorrentes de quedas. Além disso, a sarcopenia, ou seja, perda de massa muscular é uma causa de queda e deve ser devidamente avaliada. Restaurar função motora ocorre na fase mais tardia da doença (fase 4) que são aqueles paciente com independência modificada. Se o paciente não tiver restrições que interfiram na atividade do paciente como encurtamento muscular, dor e sarcopenia, a familia e cuidadores começam a fazer parte do tratamento, pois através do treino dessas pessoas, as técnicas de mobilidade serão aplicadas nos pacientes por eles. Nesse momento a bengala e o andador podem ser aplicados. Com a progressão da doença cuidados mais especias como a fonoaudiologia para exercícios respiratórios, deglutição, etc... Nesta hora o cuidador é treinado para aspirar os pacientes. Cada caso tem conduta específica. As adaptações também devem ser feitas em casa, por exemplo, se o paciente tem tendencia à quedas os tapetes devem ser retirados, barras de proteção devem ser instaladas, colheres devem ser adaptados, entre outras. #reabilitando #parkinson

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